Medicilândia, localizada no estado do Pará, e outras cinco cidades brasileiras têm nomes que prestam homenagem a ex-presidentes da ditadura militar que governou o Brasil entre 1964 e 1985. O município paraense foi nomeado em referência ao ex-presidente Emílio Garrastazu Médici, que ocupou o cargo de 1969 a 1974. Além de Medicilândia, as cidades Presidente Médici em Rondônia e no Maranhão também perpetuam a memória desses líderes autoritários.
A escolha de homenagear figuras da ditadura militar em nomenclaturas urbanas suscita um debate sobre a forma como o Brasil enfrenta seu passado autoritário. A presença desses nomes nas cidades pode ser vista como uma tentativa de resgatar uma narrativa histórica que muitos consideram controversa, especialmente em um contexto onde a memória e a verdade sobre os anos de repressão ainda são temas sensíveis. Essa discussão é relevante não apenas para as localidades mencionadas, mas para todo o país, que busca compreender e reconciliar sua história.
As implicações dessa homenagem vão além do aspecto simbólico, refletindo uma divisão na sociedade brasileira sobre como lidar com o legado da ditadura. À medida que o debate sobre a memória histórica avança, é crucial que as comunidades considerem o impacto dessas homenagens em suas identidades e na construção de um futuro mais inclusivo. O tema continua a ser objeto de análise e reflexão entre historiadores, políticos e cidadãos.