Na quarta-feira, 27 de agosto de 2025, o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Guo Jiakun, afirmou que a proposta do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, para incluir Pequim em negociações de desarmamento nuclear com os EUA e a Rússia é ‘irracional e irrealista’. Guo justificou a recusa ao enfatizar as diferenças significativas entre os arsenais nucleares dos países e as distintas políticas de segurança estratégica.
O porta-voz destacou que as forças nucleares da China e dos Estados Unidos não estão no mesmo nível, o que torna a proposta inviável. Além disso, ele reiterou que a China mantém uma política de não ser a primeira a usar armas nucleares e que não participará de uma corrida armamentista. Recentemente, o ministro das Relações Exteriores da Malásia anunciou que a China assinará um tratado no Sudeste Asiático que proíbe armas nucleares na região.
As declarações de Trump, feitas em 25 de agosto antes de um encontro com o presidente sul-coreano, Lee Jae Myung, expressaram otimismo quanto à desnuclearização. No entanto, a resposta da China pode complicar as negociações internacionais sobre desarmamento nuclear e reforçar a posição do país em sua estratégia de autodefesa, além de impactar as relações entre as potências nucleares.