A China está prestes a concluir a construção do maior parque solar do mundo, localizado na meseta tibetana, uma área equivalente ao tamanho de Chicago. Quando finalizado, o projeto terá capacidade para gerar eletricidade suficiente para abastecer 5 milhões de casas, alinhando-se aos esforços do país para reduzir suas emissões de carbono. No primeiro semestre de 2025, a China instalou 212 gigawatts de capacidade solar, superando a total dos Estados Unidos e contribuindo para uma queda de 1% nas emissões de carbono.
Esse avanço na energia solar representa uma mudança significativa na matriz energética chinesa, que agora se aproxima de tornar a energia solar a maior fonte de eletricidade limpa do país. Especialistas, como Lauri Myllyvirta, destacam que a China está conseguindo reduzir suas emissões enquanto mantém o crescimento econômico, embora ainda dependa fortemente de fontes de energia baseadas em carbono. O projeto no Tibete não só promove a produção de energia limpa, mas também traz benefícios ecológicos, como a redução da evaporação do solo e o favorecimento do crescimento da vegetação.
Entretanto, a adaptação da infraestrutura elétrica para integrar essas novas fontes renováveis continua sendo um desafio. A China está investindo em grandes linhas de transmissão para levar a energia solar às áreas industrializadas, mas a transição para uma economia de baixo carbono ainda requer esforços significativos. Li Shuo, diretor do China Climate Hub, enfatiza que, apesar dos progressos, o país tem um longo caminho pela frente na descarbonização completa da sua economia.