As marinhas da China e da Rússia conduziram pela primeira vez uma patrulha conjunta com submarinos na região da Ásia-Pacífico, conforme confirmado pela rota do Pacífico da Marinha Russa. A operação, que teve início no começo de agosto, utilizou submarinos híbridos das duas potências e ocorreu após exercícios navais no Mar do Japão, entre o arquipélago japonês e a parte continental da Ásia. O objetivo declarado é fortalecer a cooperação naval e garantir a paz na região, além de proteger as instalações econômicas marítimas de ambos os países.
Desde 2021, quando ocorreu a primeira patrulha conjunta, essa prática se tornou anual, refletindo o aumento da colaboração militar entre China e Rússia. No entanto, essa aproximação tem gerado descontentamento entre os países membros da Otan. Durante um evento na Alemanha, o secretário-geral da Otan, Mark Rutte, expressou preocupação com a expansão militar dos dois países, que estaria ocorrendo em “alta velocidade e com pouca transparência”, sugerindo uma preparação para um conflito prolongado com a aliança ocidental.
As implicações dessa patrulha conjunta são significativas, pois indicam uma intensificação das relações militares entre China e Rússia em um momento de crescente tensão geopolítica. A Otan, por sua vez, se vê desafiada a responder a essa nova dinâmica de poder na região do Pacífico, o que pode levar a um aumento das atividades militares e vigilância por parte dos países ocidentais. Essa situação ressalta a necessidade de monitoramento contínuo das ações de Moscou e Pequim no cenário internacional.