No último sábado, 2 de setembro, a China autorizou 183 empresas brasileiras a exportarem café para o mercado chinês, em resposta ao aumento de tarifas imposto pelos Estados Unidos sobre produtos brasileiros. A medida, que foi anunciada nas redes sociais, entrou em vigor na quarta-feira, 30 de agosto, e terá validade de até cinco anos.
As novas tarifas de 50% para importações de produtos brasileiros, que incluem o café e o suco de laranja, devem começar a ser aplicadas na próxima quarta-feira, 6 de setembro. A autorização da China surge como uma alternativa para o setor cafeeiro brasileiro, que enfrenta desafios significativos no mercado norte-americano devido ao aumento das alíquotas.
De acordo com dados da Comex Stat, as exportações de café para os EUA geraram US$ 1,29 bilhão entre janeiro e julho de 2025, com 181,5 milhões de quilos enviados. Em 2024, as exportações totais alcançaram US$ 1,9 bilhão, com 471,5 milhões de quilos. Com as novas tarifas, o comércio deve ser impactado, resultando em um aumento nos preços do café no mercado interno dos EUA e uma possível diminuição das vendas brasileiras ao exterior.
A autorização chinesa representa uma oportunidade para o Brasil diversificar seus mercados de exportação de café, reduzindo a dependência do mercado norte-americano em um momento de incertezas comerciais.