A China habilitou 183 empresas brasileiras para exportação de café, conforme anúncio da Embaixada da China no Brasil. A autorização, concedida pela Administração-Geral das Alfândegas da China (GACC), entrou em vigor na última quarta-feira, 30 de julho, e terá validade de cinco anos. A informação foi divulgada pelo ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, em uma publicação na rede social X.
Apesar da nova autorização, as exportações brasileiras de café para a China ainda são limitadas. Em 2024, o país asiático foi o 14º maior comprador do produto, importando 55,940 mil toneladas e gerando uma receita de US$ 216,282 milhões, de acordo com dados do Agrostat. No primeiro semestre deste ano, as vendas de café brasileiro para a China totalizaram 31,532 mil toneladas, com receita de US$ 196,975 milhões.
Os Estados Unidos continuam sendo o principal importador do café brasileiro, com compras de 471,5 mil toneladas em 2024. No entanto, a recente imposição de uma tarifa de 50% sobre o café brasileiro, que entrará em vigor em 6 de agosto, tem levado os exportadores a considerar a China como um mercado alternativo. O consumo de café na China, embora ainda baixo em comparação à média global, apresenta potencial de crescimento, especialmente com iniciativas como a parceria da Luckin Coffee, que planeja adquirir 240 mil toneladas de café brasileiro entre 2025 e 2029, gerando uma receita estimada de US$ 2,5 bilhões.