As importações de soja do Brasil pela China aumentaram 13,9% em julho, totalizando 10,39 milhões de toneladas, segundo dados da Administração Geral de Alfândega. Este volume representa 89% do total das importações chinesas da oleaginosa, enquanto as chegadas dos Estados Unidos caíram para 420.874 toneladas, uma queda de 11,5% em relação ao ano anterior. O aumento nas importações brasileiras é atribuído à forte oferta do país e às preocupações persistentes com as relações comerciais entre EUA e China, que têm incentivado a formação de estoques.
De janeiro a julho, a China importou 42,26 milhões de toneladas de soja do Brasil, uma redução de 3% em comparação ao mesmo período do ano passado. Em contrapartida, as importações dos EUA aumentaram 31,2%, totalizando 16,57 milhões de toneladas. A falta de pré-compra da próxima safra americana pela China, devido a tarifas elevadas, pode resultar em perdas significativas para os exportadores dos EUA, enquanto compradores garantem cargas brasileiras durante a principal temporada de comercialização.
As implicações desse cenário são complexas e podem afetar o equilíbrio do mercado global de soja. A pressão sobre os produtores americanos para que o governo chegue a um acordo comercial com a China é crescente, especialmente após um pedido formal feito por eles ao presidente Donald Trump. Além disso, as importações da Argentina também aumentaram significativamente, indicando uma dinâmica competitiva no fornecimento global de soja.