O diretor-geral da Polícia Federal (PF), Andrei Rodrigues, declarou nesta quarta-feira (27) que a proposta do governo federal de criar uma nova agência para combater facções criminosas é desnecessária, pois essa função já é exercida pela própria PF. Durante a posse do novo superintendente da corporação no Amapá, Rodrigues enfatizou que a PF coordena ações em todo o Brasil para enfrentar organizações criminosas como o Primeiro Comando da Capital (PCC) e o Comando Vermelho (CV).
A proposta do governo, chamada internamente de Plano Real da Segurança, busca implementar uma série de mudanças legais para aumentar as penas relacionadas a facções e criar um banco nacional para mapear grupos criminosos. A iniciativa surge em meio a um recuo do governo Lula (PT) devido à pressão interna da PF, que se opôs à criação de uma nova agência antes mesmo de sua formalização.
Com a segurança pública como prioridade nas pautas do Congresso Nacional, o governo trabalha em medidas que incluem a PEC da Segurança, aprovada em julho na Câmara dos Deputados. Essas mudanças visam não apenas endurecer as penas para integrantes de facções, mas também alterar regras para punir agentes públicos e empresas que colaboram com esses grupos criminosos.