O júri popular do caso conhecido como ‘Chacina de Cavalcante’ terminou na madrugada desta quinta-feira, 21 de agosto de 2025, em Goiânia, com a condenação de dois policiais militares e a absolvição de outros cinco. O crime ocorreu em 2022, em uma propriedade rural na cidade da Chapada dos Veadeiros, resultando na morte de quatro trabalhadores rurais. O sargento Aguimar Prado de Morais foi condenado a 13 anos e 9 meses de prisão pelo homicídio qualificado de Antônio da Cunha Fernandes, enquanto o soldado Luís César Mascarenhas Rodrigues recebeu pena de 6 anos por matar Saviano Souza. Ambos têm o direito de recorrer da decisão.
A sentença do juiz Lourival Machado da Costa destacou que a operação foi realizada sem planejamento adequado e com informações distorcidas sobre as vítimas, resultando em uma ação criminosa. Os outros cinco policiais, que foram absolvidos, enfrentaram acusações relacionadas às mortes de Ozanir Batista da Silva e Alan Pereira Soares. A chacina ocorreu na chácara de Saviano Souza, onde foram constatados 58 disparos de arma de fogo durante a operação policial, supostamente motivada por denúncias de cultivo ilegal de maconha na região.
As condenações dos policiais militares levantam preocupações sobre a atuação da polícia e a necessidade urgente de reformas no sistema de segurança pública no Brasil. O julgamento foi transferido para Goiânia para garantir a imparcialidade dos jurados e contou com o depoimento de 13 testemunhas, evidenciando a complexidade do caso e suas implicações para a confiança pública nas instituições policiais.