O preço da cesta básica de alimentos apresentou uma diminuição em julho em 15 das 27 capitais brasileiras, segundo a Pesquisa Nacional da Cesta Básica de Alimentos, divulgada nesta quarta-feira (20) pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) e pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). As quedas mais significativas ocorreram em Florianópolis (2,6%), Curitiba (2,4%) e Rio de Janeiro (2,3%), enquanto Recife registrou a maior alta, com aumento de 2,8%.
A pesquisa, que agora inclui todas as 26 capitais e o Distrito Federal, revela um panorama detalhado das oscilações nos preços dos alimentos básicos. São Paulo continua sendo a capital com a cesta mais cara, custando R$ 865,90, enquanto Aracaju apresenta o menor valor, a R$ 568,52. A análise também destaca que o salário mínimo necessário para sustentar uma família de quatro pessoas deveria ser de R$ 7.274,43, evidenciando a pressão sobre os trabalhadores que comprometem uma parte significativa de sua renda na compra de alimentos.
As variações nos preços dos itens da cesta básica, como arroz e café, refletem as dinâmicas do mercado e a oferta disponível. Apesar das quedas em várias capitais, a alta nos preços em locais como Recife e Maceió indica um cenário desigual no acesso aos alimentos. O impacto dessas flutuações é profundo, afetando diretamente o poder aquisitivo da população e levantando questões sobre a segurança alimentar no país.