Um levantamento do Centro de Informações Meteorológicas e Hidrológicas de Goiás (CIMEHGO) revela que 15 municípios goianos lideraram os focos de queimadas em agosto de 2025. Monte Alegre de Goiás aparece no topo da lista, com 43 registros, seguido por Niquelândia (30), Padre Bernardo (26) e outros municípios que também apresentaram números elevados. Embora o Brasil tenha registrado a menor área queimada desde 2017, o Cerrado continua sendo o bioma mais afetado, com 2,45 milhões de hectares consumidos entre janeiro e julho deste ano.
A redução das queimadas é atribuída a três fatores principais: um clima mais ameno com chuvas após dois anos de seca intensa, ações de prevenção fortalecidas pela Política Nacional de Manejo Integrado do Fogo e uma mudança na postura de produtores e comunidades após os prejuízos enfrentados em 2024. Em agosto de 2025, a Secretaria do Meio Ambiente de Goiás (Semad) instituiu a Instrução Normativa nº 14, que estabelece regras rigorosas para responsabilização administrativa por incêndios, além de medidas preventivas e fiscalização intensificada.
O gerente do CIMEHGO, André Amorim, alerta que os impactos das queimadas vão além da vegetação, afetando a qualidade do ar e da água. Ele enfatiza a necessidade de continuar as ações preventivas, especialmente nos meses mais secos. O Cerrado, embora tenha um ciclo natural que pode ser regenerador com queimadas controladas, enfrenta desafios devido às queimadas humanas frequentes e intensas que prejudicam sua fauna e flora.