Uma pesquisa recente revelou que aproximadamente cinco milhões de brasileiros estão dispostos a trabalhar mais do que as atuais 40 horas semanais. Esses indivíduos, muitos dos quais atuam como autônomos, enfrentam períodos de alta demanda seguidos de inatividade, o que torna essencial um planejamento financeiro eficaz. O fenômeno foi classificado pelo IBGE como subocupação por insuficiência de horas.
Entre os que desejam aumentar sua carga horária está Pérola Couto, criadora de conteúdo digital, que se dedica a inspirar mulheres com corpos semelhantes ao seu. Ela observa que a imprevisibilidade do mercado digital, onde a produção de conteúdo pode variar significativamente, é um desafio constante. Stefany Lourenço, outra influenciadora, também compartilha sua experiência de como um vídeo viral pode impulsionar sua carreira, mas ressalta que nem todos conseguem se sustentar apenas com a internet.
Bruno Pires, fotógrafo especializado em gastronomia, destaca a transformação da profissão com o avanço da tecnologia e a crescente acessibilidade das câmeras. Ele menciona que, apesar de sua paixão pela fotografia, a falta de trabalho em alguns meses é uma realidade. Especialistas apontam que a atual situação do mercado de trabalho reflete uma mudança nas expectativas profissionais, especialmente entre os jovens, que buscam maior autonomia e flexibilidade em suas carreiras.
A discrepância entre a falta de profissionais em setores formais, como supermercados e construção civil, e o desejo de muitos de se dedicarem a outras atividades, levanta questões sobre a evolução do mercado de trabalho no Brasil. Segundo a consultora econômica Zeina Latif, as novas gerações têm interesses e anseios diferentes, o que exige uma adaptação por parte do mercado.