O centro de detenção ‘Lone Star Lockup’, que se tornará o maior do tipo nos Estados Unidos, foi inaugurado no último fim de semana em uma base militar em El Paso, Texas. Gerido pelo Immigration and Customs Enforcement (ICE), o centro começará a abrigar até 5.000 imigrantes, com o objetivo de aliviar a superlotação em outras instalações. A construção do centro, que exigiu mais de US$ 1 bilhão em investimentos, ocorre em meio a uma crescente militarização das políticas de imigração sob a administração Trump.
A instalação foi criada para acelerar os processos de deportação e faz parte de um plano mais amplo que inclui a construção de várias novas mega instalações em todo o país. Apesar do apoio de alguns políticos republicanos, como o deputado Tony Gonzales, a abertura do centro gerou críticas significativas devido a preocupações sobre segurança e transparência. Além disso, a história da base militar Fort Bliss é marcada por controvérsias relacionadas à política de imigração dos EUA, incluindo o uso como campo de internamento durante a Segunda Guerra Mundial.
As implicações da inauguração do ‘Lone Star Lockup’ são profundas, refletindo uma mudança na abordagem do governo em relação à imigração. Com um aumento significativo no orçamento destinado à detenção e deportação, o ICE planeja expandir sua capacidade para lidar com um número crescente de detenções. Essa situação levanta questões sobre os direitos dos imigrantes e a ética das políticas de detenção em massa, especialmente considerando que muitos detidos não possuem antecedentes criminais.