A Câmara dos Deputados se prepara para uma votação crucial sobre a PEC da blindagem, que busca limitar as ações do Judiciário contra parlamentares. Com apoio do Centrão e da oposição, há uma expectativa de que a proposta consiga os 360 votos necessários, superando o mínimo de 308. Essa mudança constitucional é interpretada como uma estratégia de autopreservação dos legisladores, que buscam garantir proteção contra medidas restritivas e prisões.
A pressão pela aprovação da PEC está diretamente ligada à proposta de isenção do Imposto de Renda, uma promessa de campanha do presidente Lula. O governo enfrenta um dilema: se a PEC não for aprovada, a compensação financeira para a nova faixa de isenção pode ser derrubada, resultando em uma perda estimada de R$ 26 bilhões na arrecadação. Essa situação gera um clima de tensão na Câmara, com parlamentares articulando estratégias para evitar um colapso nos recursos destinados a programas sociais.
O ministro da Casa Civil, Rui Costa, expressou preocupação com as possíveis consequências da não aprovação da compensação, alertando que isso poderia comprometer a manutenção de serviços públicos essenciais. A votação, marcada para esta quarta-feira (27), é vista como um teste decisivo para a base governista, que teme surpresas semelhantes às ocorridas em outras votações recentes. O desfecho deste embate legislativo poderá moldar o cenário político e econômico do país nos próximos meses.