Líderes do Centrão e da oposição estão pressionando o presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), a colocar em votação uma proposta que visa restringir as investigações contra parlamentares. A proposta, que foi desengavetada na terça-feira (19), busca limitar as ações judiciais relacionadas a emendas parlamentares que estão sob análise do Supremo Tribunal Federal (STF). A expectativa é que a votação ocorra ainda nesta quarta-feira (20), em meio a um clima de urgência entre os parlamentares.
Durante uma reunião de líderes realizada na terça-feira, houve uma forte pressão para que a proposta fosse discutida. Motta não se comprometeu com a pauta, mas os parlamentares defendem a necessidade de restabelecer a autorização prévia da Câmara ou do Senado para processar senadores ou deputados, uma prática que foi abolida em 2001. Além disso, eles exigem que os inquéritos tenham prazos definidos para conclusão, o que gerou aplausos entre os presentes, exceto por alguns opositores como Lindbergh Farias (PT-RJ).
Aliados de Motta sugerem que ele deve focar em outros temas, como o PL da adultização e a ampliação da isenção do Imposto de Renda. No entanto, uma liderança da oposição afirmou que Motta pode estar apenas tentando ganhar tempo para garantir uma maioria favorável à proposta caso ela vá à votação. A pressão crescente e o clima de incerteza indicam que a situação política pode se intensificar nas próximas horas.