Ceilândia, no Distrito Federal, vivia uma tradição vibrante com seu São João, uma festa que não cabia em calendários oficiais, mas que pulsava no coração da comunidade. Com o crescimento da cidade, a celebração tornou-se insustentável em seu local habitual, levando ao descaso do Governo do Distrito Federal, que não ofereceu alternativas para preservar a festividade. Assim, o São João foi transferido para outro espaço, onde, embora mais organizado e visualmente atrativo, perdeu a alma e a conexão com o povo que sempre fez parte dessa celebração.
A nova localização trouxe estrutura e recursos, mas não conseguiu manter a essência que tornava o evento especial. As risadas, as danças e o calor humano que caracterizavam a festa foram deixados para trás, resultando em um evento sem vida e sem a história que sempre o acompanhou. A falta de cuidado e visão por parte do poder público evidencia uma escolha que prioriza a aparência em detrimento da tradição popular.
Apesar da mudança, Ceilândia ainda respira cultura e mantém viva a memória do seu São João nos quintais e nas ruas. Contudo, a festa que antes reunia milhares agora se reduz a lembranças dolorosas de um passado vibrante. Essa situação serve como um alerta sobre a importância de valorizar e cuidar das tradições culturais, pois sem isso, até mesmo as celebrações mais queridas podem se perder na história.