A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) está desenvolvendo um sistema de fair play financeiro que deverá ser implementado em 2026. Este conjunto de regras visa garantir uma gestão mais sustentável das equipes, estabelecendo restrições a gastos e limites para as Sociedades Anônimas do Futebol (SAFs). As punições iniciais para os clubes que não cumprirem as normas incluirão o bloqueio de registro de atletas, conhecido como transfer ban, e após um período de transição de três anos, sanções adicionais poderão ser aplicadas, como perda de pontos e restrições à participação em torneios específicos.
O modelo em elaboração pela CBF se inspira em práticas já adotadas na Europa, onde entidades como a UEFA aplicam penalidades que variam desde a perda de pontos até a exclusão de competições. Além disso, a proposta em discussão inclui limitações nos aportes financeiros aos clubes, sem estabelecer um teto para investimentos, mas impondo restrições aos gastos com futebol em relação à receita, que variam entre 70% e 80% em ligas internacionais. O grupo de trabalho da CBF, que conta com a participação de 34 clubes e 10 federações estaduais, planeja apresentar o projeto em novembro deste ano.
As novas regras visam não apenas disciplinar a gestão financeira dos clubes, mas também promover um ambiente competitivo mais equilibrado no futebol brasileiro. A expectativa é que a implementação do fair play financeiro traga maior responsabilidade fiscal e ajude a evitar crises financeiras recorrentes que afetam o esporte no país. Com o apoio das federações e clubes envolvidos, a CBF busca consenso para garantir que as novas diretrizes sejam aceitas e aplicadas efetivamente a partir de 2026.