O goleiro Cássio, do Cruzeiro, desabafou nas redes sociais sobre as dificuldades enfrentadas para matricular sua filha, Maria Luiza, de sete anos, diagnosticada com Transtorno do Espectro Autista (TEA), em escolas de Belo Horizonte, Minas Gerais. Em sua postagem no Instagram, Cássio afirmou que tem tentado diversas instituições, mas a resposta quase sempre é negativa, evidenciando a rejeição que sua filha enfrenta. O atleta ressaltou que mesmo as escolas que se dizem inclusivas não permitem a presença de um acompanhante especializado em sala de aula, o que agrava a situação.
Cássio explicou que Maria Luiza recebe acompanhamento profissional desde os dois anos e que a família se mudou para Belo Horizonte após sua transferência do Corinthians para o Cruzeiro. O desabafo do goleiro destaca uma questão crítica na educação inclusiva no Brasil, especialmente após a recente aprovação de uma nova diretriz pelo Conselho Nacional de Educação (CNE) sobre a educação de alunos com TEA. Essa diretriz, aprovada em novembro de 2024, reduziu o texto anterior e alterou recomendações sobre acompanhantes especializados, limitando o apoio apenas a profissionais de apoio sem atribuições pedagógicas.
As implicações dessa mudança são significativas, pois muitos especialistas e famílias argumentam que a ausência de acompanhantes especializados pode prejudicar a inclusão efetiva de crianças autistas nas escolas. A nova diretriz gera debates sobre a responsabilidade do Estado em fornecer suporte adequado e levanta preocupações sobre a capacidade das instituições educacionais em atender às necessidades específicas desses alunos. A situação de Cássio e sua filha reflete um desafio maior enfrentado por muitas famílias no Brasil em busca de uma educação inclusiva e de qualidade.