Um ano após a instauração do Inquérito Civil, o caso de peixamento ilegal no Rio Piracanjuba, que envolve o deputado estadual Amauri Ribeiro (União Brasil) e a Prefeitura de Piracanjuba, continua sem desfecho. A investigação, protocolada no Ministério Público de Goiás, foi motivada pela soltura de mais de 45 mil alevinos no rio, ação que gerou protestos da Associação SOS Rio Piracanjuba devido ao uso de recursos públicos em uma prática considerada ilegal pela legislação ambiental brasileira.
A soltura dos peixes ocorreu em maio do ano passado e foi celebrada publicamente pelo deputado em suas redes sociais. A Associação SOS Rio Piracanjuba denunciou a ação ao MPGO e ao MPF, destacando a imoralidade e ilegalidade do uso de dinheiro público para peixamento. Apesar das denúncias e da elaboração de uma nota técnica por especialistas, as investigações não avançaram, levando a críticas sobre a omissão da Secretaria Estadual de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável.
As consequências do peixamento irregular são alarmantes, podendo causar desequilíbrios ecológicos e transmissão de doenças entre espécies. O presidente da associação, Rosimar Santa Clara, enfatiza que a responsabilização deve incluir tanto o deputado quanto a prefeitura. O caso destaca a necessidade urgente de fiscalização e cumprimento da legislação ambiental em Goiás, especialmente diante das ameaças recebidas por membros da associação após as denúncias.