O cartunista Jaguar, uma figura emblemática da cultura brasileira, faleceu aos 93 anos no último domingo (24/8) no Rio de Janeiro, onde estava internado devido a uma pneumonia. Conhecido por seu humor ácido e por ser um dos fundadores do jornal Pasquim, Jaguar havia revelado em uma entrevista há 25 anos seu desejo de que suas cinzas fossem espalhadas em seus bares preferidos, como o Bar Luiz e o Bracarense.
Durante a entrevista, ele expressou sua aversão ao velório tradicional, afirmando que seria uma ‘aporrinhação’ para amigos e familiares. Além disso, designou sua esposa, Célia Regina, e outros amigos para cumprir essa missão peculiar. A lista de locais inclui bares icônicos no Rio de Janeiro e em São Paulo, refletindo sua ligação com a cultura boêmia das cidades.
Embora não se saiba se o pedido era uma brincadeira ou uma intenção séria, a proposta levanta reflexões sobre como os artistas desejam ser lembrados após a morte. O legado de Jaguar, que desafiou a censura durante a ditadura militar com suas charges e sátiras, continua a influenciar gerações de cartunistas e amantes da arte.