O cartunista Jaguar faleceu neste domingo, 24 de agosto de 2025, aos 93 anos. Em uma entrevista ao Estadão, realizada há 25 anos, ele revelou um plano inusitado: desejava que seu corpo fosse cremado e suas cinzas espalhadas pelos bares que frequentou, como o Bar Luiz e o Bracarense no Rio de Janeiro, e o Pirajá em São Paulo. Com bom humor, Jaguar comentou sobre a inconveniência do velório tradicional e a responsabilidade de amigos e familiares em cumprir seu desejo.
Entre os amigos designados para essa tarefa estavam Machadão, Chico PF e sua mulher, Célia Regina. No entanto, um dos escolhidos, Albino Pinheiro, faleceu no ano anterior. A possibilidade de que essa ideia seja realmente realizada permanece incerta, levantando questões sobre a natureza das últimas vontades do cartunista. Jaguar também abordou a morte com leveza em outras ocasiões, como em 2012, quando surpreendeu-se ao saber que havia melhorado de problemas graves de saúde.
A morte de Jaguar não apenas marca o fim de uma era para o cartunismo brasileiro, mas também ressalta sua visão única sobre a vida e a morte. Seu desejo de ser lembrado nos lugares que amava reflete uma conexão profunda com sua trajetória e com as pessoas que fizeram parte dela. O legado do artista permanece vivo nas memórias e nas risadas que ele proporcionou ao longo de sua carreira.