A ministra Cármen Lúcia inicia seu segundo ano como presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) enfrentando crescente pressão para acelerar a pauta de julgamentos. A demanda por agilidade se intensifica à medida que se aproximam as eleições de 2026, com processos considerados fundamentais ainda pendentes. Críticas surgiram após o TSE ter sessões esvaziadas e decisões tomadas em bloco, deixando casos mais complexos sem previsão de análise.
Entre os processos em espera estão ações que podem levar à cassação dos mandatos dos governadores Claudio Castro (PL-RJ) e Antonio Denarium (PP-RR), ambos acusados de irregularidades em suas campanhas. Castro é investigado por suspeitas de nomeações irregulares e uma suposta folha de pagamento secreta, enquanto Denarium é acusado de abuso de poder econômico nas eleições de 2022. Ambos negam as acusações.
Outro caso relevante é o pedido de cassação do senador Jorge Seif (PL-SC), que permanece paralisado desde abril de 2024. O TSE determinou novas diligências para embasar a decisão sobre as suspeitas de abuso de poder econômico. Membros da corte e observadores jurídicos destacam a urgência de resolver esses casos antes do início do período pré-eleitoral.
Cármen Lúcia, que assumiu a presidência do TSE em junho de 2024, não se manifestou sobre os processos pendentes. Sua gestão inclui a reformulação da composição do tribunal, com a nomeação de Estela Aranha, ex-secretária de Direitos Digitais, visando aumentar a diversidade e abordar questões emergentes como o uso de inteligência artificial nas eleições.