A deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) compareceu nesta quarta-feira (13) ao Tribunal de Apelações de Roma, onde deveria ocorrer uma audiência sobre sua extradição ao Brasil. No entanto, ao chegar, Zambelli alegou estar passando mal, levando o juiz a adiar a sessão para 27 de agosto e solicitar uma perícia médica. A parlamentar, considerada foragida pela Justiça brasileira, permanece presa enquanto sua defesa argumenta por sua liberdade, citando questões de saúde e a falta de um pedido formal de prisão preventiva do governo brasileiro.
Zambelli foi condenada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) a 10 anos de prisão por invadir os sistemas do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e deixou o Brasil logo após a condenação, estabelecendo-se na Itália. O ministro do STF, Alexandre de Moraes, expediu um mandado de prisão contra ela, que foi detida na Itália no final de julho. A Justiça italiana agora avalia o pedido de extradição, enquanto Zambelli continua ativa nas redes sociais, criticando o STF através de um perfil alternativo no Instagram.
A situação de Zambelli levanta questões sobre a aplicação do Tratado de Extradição entre Brasil e Itália, especialmente em relação ao pedido de prisão da Interpol. A Corte Suprema da Itália já afirmou que tal pedido é considerado equivalente a uma solicitação internacional de prisão. Com a audiência remarcada, as expectativas sobre sua possível libertação e os desdobramentos legais continuam a gerar atenção tanto no Brasil quanto na Itália.