Neste domingo (3), Dia do Capoeirista, Edson Alves dos Santos, conhecido como Mestre Belo, relembra sua trajetória de 38 anos na capoeira. Natural de Minas Gerais e residente em São Roque (SP) desde os 11 anos, ele começou a praticar a arte marcial aos nove anos, motivado por experiências de bullying na escola. A capoeira, que combina luta e dança, se tornou uma ferramenta de defesa e transformação pessoal em sua vida.
Mestre Belo destaca que a capoeira não é apenas uma prática esportiva, mas também uma forma de promover disciplina e cidadania. Ao longo de sua jornada, enfrentou preconceitos e desafios, especialmente em relação à imagem negativa que muitos ainda têm dos capoeiristas. "No passado, éramos vistos como rebeldes e violentos, mas hoje há mais união entre os grupos", afirma.
Com o sonho de fundar um projeto social, ele criou o Centro Cultural Yê, que oferece aulas gratuitas de capoeira para todas as idades. A iniciativa, que existe há três anos, é mantida por meio de rifas e parcerias, e visa resgatar crianças e adolescentes da criminalidade. Para Mestre Belo, a capoeira representa liberdade de expressão, arte e cultura, além de ser um importante legado da resistência negra no Brasil.