O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), anunciou que deputados que continuarem a obstruir as sessões poderão ser suspensos por até seis meses. A medida foi discutida em uma reunião com líderes partidários na residência oficial do presidente, na quarta-feira (6), após a ocupação da mesa da Presidência por parlamentares bolsonaristas em protesto contra a prisão domiciliar do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
Os deputados amotinados exigem a votação de um projeto de lei que concederia anistia a Bolsonaro e a outros condenados pelos atos golpistas de 8 de janeiro de 2023. Durante a reunião, o líder do PT, Lindbergh Farias (RJ), afirmou que houve consenso entre os líderes para que Motta reassumisse a presidência da Câmara, alertando que a obstrução resultaria em punições severas.
Motta também confirmou que uma sessão está agendada para a noite de quarta-feira, às 20h30. Apesar do apoio de alguns partidos à obstrução, a adesão entre os deputados do centrão foi limitada, com o líder do PP, Dr. Luizinho (RJ), afirmando que a obstrução seria restrita a esses dois dias. A situação na Câmara continua tensa, com a presença de representantes de 17 partidos na reunião de líderes, enquanto os bolsonaristas mantêm sua ocupação na mesa diretora.
A tentativa de negociação entre Motta e os líderes da oposição não resultou em acordo, e a situação permanece indefinida, com a possibilidade de novas ações por parte dos deputados bolsonaristas. A Câmara enfrenta um impasse, enquanto a pressão por uma solução se intensifica entre os parlamentares e a sociedade.