Na terça-feira, 19 de agosto de 2025, a Câmara dos Deputados promoveu uma audiência pública focada no racismo ambiental e na justiça climática. O evento, organizado pelas comissões de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável e da Amazônia e dos Povos Originários e Tradicionais, contou com a participação de Augusto Araújo Santos, do Ministério da Igualdade Racial, que destacou como comunidades vulneráveis sofrem desproporcionalmente os impactos negativos das mudanças climáticas.
Santos enfatizou que o racismo ambiental se manifesta em problemas como poluição e falta de saneamento básico, afetando diretamente a saúde e a dignidade das pessoas. O deputado Nilto Tatto (PT-SP), autor da audiência, ressaltou que os mais vulneráveis enfrentam injustiças ao viver em áreas de risco sem infraestrutura adequada. Os participantes acreditam que a COP 30, marcada para novembro em Belém, pode ser um marco para popularizar essas questões e buscar soluções efetivas.
Marco Túlio Cabral, do Ministério das Relações Exteriores, afirmou que o Brasil deve abordar a injustiça climática com cautela nas negociações internacionais. Ele lembrou que a Corte Internacional de Justiça reconheceu as responsabilidades diferenciadas dos países em relação às mudanças climáticas. Julia Mascarello, do Ministério da Fazenda, apresentou o Plano de Transformação Ecológica do governo, que visa promover uma economia sustentável e inclusiva, priorizando as populações mais vulneráveis.