A Comissão de Direitos Humanos da Câmara dos Deputados promoveu uma reunião para discutir a necessidade de acompanhamento psicossocial à população em situação de rua, onde foi lançado o documento “Referências Técnicas para Atuação de Psicólogas(os) em Políticas Públicas para a População em Situação de Rua”. O representante do Conselho Federal de Psicologia, Rodrigo Acioli, destacou que 20% dos psicólogos atuam com essa população, evidenciando a relevância da psicologia em diversas áreas, incluindo o apoio a pessoas em vulnerabilidade social.
Cleyton Rosa, coordenador-geral de Políticas para os Direitos da População em Situação de Rua do Ministério dos Direitos Humanos, enfatizou que é essencial um olhar humanizado nas políticas voltadas a essa população. Ele mencionou iniciativas como o projeto Ponto de Apoio na Rua e o Moradia Cidadã, que visam oferecer suporte e recursos necessários para a reintegração social dos indivíduos. O documento lançado busca aprimorar a atuação dos profissionais, considerando as especificidades e as histórias das pessoas que vivem nas ruas.
O deputado Reimont (PT-RJ) lembrou uma tragédia ocorrida em 2004, que impulsionou a organização do movimento da população em situação de rua no Brasil. Joana Darc Bazílio, representante dessa população, criticou estigmas relacionados ao uso de substâncias psicoativas como única causa da situação de rua, ressaltando que as razões são complexas e frequentemente ligadas à desestruturação familiar. O debate ressalta a urgência de políticas públicas integradas e humanizadas para enfrentar essa questão social.