A Câmara dos Deputados aprovou, em 21 de agosto de 2025, o regime de urgência para um projeto de lei que aumenta a faixa de isenção do Imposto de Renda para R$ 5 mil mensais. A medida, que contou com votos da oposição, é uma resposta a uma derrota significativa do governo na CPMI do INSS, ocorrida no dia anterior, quando a oposição conseguiu garantir posições importantes na comissão. Essa movimentação gerou desconforto tanto para o governo quanto para Hugo Motta (Republicanos-PB), presidente da Câmara, e Davi Alcolumbre (União-AP), presidente do Senado.
Após os eventos na CPMI, Hugo Motta se reuniu com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no Palácio da Alvorada, onde foi firmado um acordo para a votação da urgência do projeto. A expectativa é que o mérito do texto seja votado na próxima semana, uma vez que a ampliação da faixa de isenção do IR é uma promessa de campanha do governo Lula em 2022. Com as eleições de 2026 se aproximando, há um interesse crescente em implementar essa medida no próximo ano.
O episódio da CPMI do INSS serviu como um alerta para o governo sobre a importância de monitorar as articulações políticas no Congresso. A aprovação do projeto é considerada prioritária e necessária para evitar novas surpresas políticas e fortalecer a relação entre o governo e a cúpula do Congresso. O caminho ainda é longo, incluindo a tramitação da medida no Senado, mas a articulação já demonstra um esforço em busca de estabilidade política.