As votações das Propostas de Emenda à Constituição (PECs) da Blindagem e do fim do foro privilegiado foram adiadas na Câmara dos Deputados nesta quarta-feira, 27 de agosto de 2025. Apesar de terem sido incluídas na pauta pelo presidente da Casa, Hugo Motta, a sessão foi encerrada antes que as deliberações ocorressem. A PEC da Blindagem, que reforça prerrogativas parlamentares, e a PEC do Foro, que extingue o foro especial para crimes comuns, estavam programadas para análise, mas não chegaram a ser apreciadas.
A PEC da Blindagem (3/2021), de autoria do ex-deputado Celso Sabino, atual ministro do Turismo, propõe alterações significativas na Constituição Federal, como a inviolabilidade civil e penal de deputados e senadores por suas opiniões. Já a PEC do Foro (333/2017), apresentada pelo ex-senador Álvaro Dias, visa revogar o foro privilegiado para diversas autoridades, mantendo-o apenas para os chefes dos Poderes da República. Ambas as propostas foram incluídas na pauta após pressão da oposição e de parlamentares ligados ao ex-presidente Jair Bolsonaro.
O adiamento das votações ocorre em um contexto político tenso, marcado pela obstrução no Congresso após a determinação de prisão domiciliar de Bolsonaro pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal. A continuidade desse debate legislativo poderá impactar as relações entre os parlamentares e a condução das políticas públicas no país, especialmente em um momento em que a oposição busca fortalecer sua atuação no Legislativo.