A China, tradicionalmente conhecida por sua cultura do chá, está passando por uma revolução no consumo de café, com um aumento significativo na importação da bebida brasileira. Em 2024, o país se tornou o sexto maior comprador de café do Brasil, importando 1,4 milhão de sacas de 60kg, um crescimento de 14% em relação ao ano anterior. Este fenômeno reflete uma mudança cultural profunda, onde o café se torna um símbolo de pausa e conexão em meio à rapidez do cotidiano chinês.
O crescimento do mercado de café na China é acompanhado pela expansão de redes de cafeterias, como a Luckin Coffee, que já conta com mais de 24 mil lojas e projeta ultrapassar 132 mil até o final da década. Essa nova preferência por cafés, incluindo long drinks e misturas, está atraindo uma nova geração de consumidores que busca um equilíbrio entre as tradições milenares e as influências modernas.
Enquanto isso, o Brasil se destaca como líder mundial na exportação de café, com uma receita cambial de US$ 12,51 bilhões em 2024 e uma safra estimada de 70 milhões de sacas para 2026. O país também está investindo em cafés especiais, que já representam 18,1% do volume total exportado, refletindo uma transformação estrutural no setor cafeeiro, com foco em sustentabilidade e qualidade.
A concentração da produção de café no Brasil é predominantemente na Região Sudeste, que responde por 86,8% do faturamento nacional. No entanto, outras regiões, como Nordeste, Norte e Sul, apresentam um potencial significativo de crescimento, contribuindo para a valorização do café brasileiro no mercado global.