O setor cafeeiro brasileiro observa um crescimento nas exportações para a China, que se tornou um cliente promissor, embora ainda distante dos números registrados com os Estados Unidos. Em 15 de julho de 2025, foi noticiado que as vendas de café para o país asiático atingiram 1,5 milhão de sacas em 2023, mas caíram para 988 mil sacas em 2024, colocando a China na 14ª posição entre os importadores de café brasileiro.
Apesar do aumento significativo no consumo de café na China, que saltou de 300 mil sacas em 2009 para 5,8 milhões atualmente, o Brasil ainda enfrenta desafios devido à alta tarifa de 50% imposta pelos EUA. Marcos Matos, do Conselho dos Exportadores de Café do Brasil (Cecafé), destacou que, embora a China represente uma oportunidade, o foco principal continua sendo a negociação de tarifas mais baixas com os Estados Unidos, que ainda absorvem um terço do café brasileiro exportado.
Recentemente, autoridades chinesas visitaram o Brasil e anunciaram medidas para facilitar o comércio, incluindo a redução da burocracia e a aceleração de processos de exportação. Até o fim de julho, o Brasil já havia exportado 570 mil sacas de café para a China, e os exportadores esperam um aumento nas vendas nos próximos anos, embora as expectativas permaneçam cautelosas em relação ao desempenho do mercado chinês em comparação com os tradicionais compradores norte-americanos.