Os contratos futuros de café arábica na bolsa ICE apresentaram uma queda de aproximadamente 1,5% nesta quarta-feira (6), cotados a US$ 2,9425 por libra-peso. A desvalorização ocorre em meio à avaliação dos traders sobre as implicações da tarifa de 50% imposta pelos Estados Unidos sobre as importações do Brasil, maior exportador global de café. A medida, que congela o comércio entre os dois países, foi comentada por um trader que destacou a incerteza do mercado: 'Neste momento, você tem que pagar a tarifa e, quem sabe, amanhã não haverá tarifa'.
O ministro da Fazenda do Brasil, Fernando Haddad, anunciou que irá contatar o secretário do Tesouro dos EUA, Scott Bessent, na próxima quarta-feira, em uma tentativa de normalizar as relações comerciais. Haddad afirmou que, dependendo do progresso das conversas, uma reunião presencial poderá ser agendada. Enquanto isso, o Brasil busca aumentar suas exportações para a China e a União Europeia como forma de compensar a perda de vendas para o mercado americano.
Além do café arábica, o café robusta também registrou queda de cerca de 1,5%, cotado a aproximadamente US$ 3.300 a tonelada métrica. A oferta abundante do Vietnã, maior produtor de robusta, contribuiu para a estabilidade do mercado. Os preços do açúcar diminuíram, enquanto os do cacau apresentaram alta, refletindo as dinâmicas atuais do setor agrícola.