O secretário de Política Agrícola do Ministério da Agricultura, Guilherme Campos, avaliou positivamente a decisão do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), que suspendeu o modelo coletivo da Moratória da Soja e abriu processos contra 30 tradings e duas entidades do setor. A declaração foi feita durante a Conferência Anual Santander, realizada em São Paulo, no dia 19 de agosto de 2025.
Campos argumentou que a suspensão traz previsibilidade ao mercado e reforça que a legislação brasileira deve ser o principal parâmetro regulatório. Ele enfatizou a clareza que a decisão proporciona em relação à legislação, evitando confusões sobre operações no mercado de soja e defendendo que discussões sobre regulamentações externas podem ser usadas para limitar o crescimento do agronegócio brasileiro.
Com a iminente entrada em vigor da Regulamentação Europeia de Produtos Livres de Desmatamento (EUDR), Campos afirmou que o Brasil está apto a atender às exigências, mas expressou preocupação com a criação contínua de novas demandas. Ele ressaltou que o país tem avançado na produção agrícola e na reciclagem de embalagens de defensivos agrícolas, posicionando-se como um protagonista no setor global de grãos e bioenergia.