Nesta quarta-feira, 27 de agosto de 2025, em Brasília, foi criado o Cadastro Nacional de Pessoas Desaparecidas pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública. A nova ferramenta visa integrar diferentes bases de dados e oferece esperança a famílias que enfrentam a dor do desaparecimento de entes queridos, como Ivanise da Silva Santos, que busca sua filha Fabiana há quase 30 anos.
Durante a solenidade, Ivanise expressou sua alegria com a criação do cadastro, que considera um marco em sua luta. Com mais de 81 mil desaparecimentos registrados em 2024 no Brasil, a iniciativa promete não apenas beneficiar os familiares, mas também facilitar o trabalho dos agentes de segurança pública. A diretora do Sistema Único de Segurança Pública, Isabel Figueiredo, destacou que o cadastro contará com um painel público e um banco de dados restrito para profissionais da segurança.
O cadastro foi previsto pela Lei 13.812, de 2019, e representa um avanço nas políticas públicas relacionadas ao desaparecimento. Nicolas Olivier, do Comitê Internacional da Cruz Vermelha, ressaltou a importância de um sistema unificado para melhorar a gestão das informações sobre desaparecidos. O secretário nacional de Segurança Pública, Mario Luiz Sarrubbo, enfatizou a necessidade de conscientização tanto do poder público quanto da sociedade civil sobre essa questão urgente.