A cabeleireira Flávia Vanessa Oliveira da Silva, de 36 anos, enfrenta uma grave situação de saúde ao aguardar há um ano por uma cirurgia no joelho no Instituto Nacional de Traumatologia e Ortopedia (Into), localizado na Região Portuária do Rio de Janeiro. Após ser diagnosticada com um tumor de célula gigante na tíbia, Flávia implantou uma prótese que quebrou após dois anos e meio, resultando em dor intensa e incapacidade de andar. Desde então, sua vida mudou drasticamente, tornando-se dependente de ajuda para tarefas diárias e enfrentando crises emocionais.
Flávia relata que, desde agosto do ano passado, quando procurou a emergência do hospital, vive com dores constantes e limitações severas. Durante o carnaval deste ano, o hospital informou que sua cirurgia não seria realizada devido à falta de sangue no estoque. Apesar das promessas de atendimento, até o momento, ela não recebeu uma data para o procedimento. A situação dela é emblemática de um problema mais amplo no sistema de saúde brasileiro, onde cerca de 7.687 pacientes aguardam por cirurgias ortopédicas no Into, alguns há mais de três anos.
Em nota, o Into, gerido pelo Ministério da Saúde, afirmou que Flávia será informada sobre o andamento do seu caso assim que estiver apta para a cirurgia. No entanto, a direção do hospital negou a falta de insumos e recursos necessários para os procedimentos cirúrgicos. A situação de Flávia destaca a urgência em abordar as deficiências do sistema de saúde e a necessidade de garantir atendimento adequado aos pacientes em espera.