A ByteDance, proprietária do TikTok, está avaliando sua plataforma em mais de US$ 330 bilhões, segundo informações de fontes próximas ao assunto. A empresa planeja lançar um programa de recompra de ações, oferecendo aos funcionários atuais US$ 200,41 por ação, o que representa um aumento de 5,5% em relação à oferta anterior de US$ 189,90. Este programa deve ser implementado até o final do ano e ocorre em um momento em que a ByteDance se consolida como a maior empresa de mídia social do mundo em termos de receita.
No segundo trimestre, a ByteDance registrou um crescimento de 25% na receita em comparação ao ano anterior, alcançando cerca de US$ 48 bilhões, com a maior parte proveniente do mercado chinês. Apesar desse crescimento expressivo, a empresa enfrenta desafios significativos nos Estados Unidos, onde parlamentares levantaram preocupações sobre segurança nacional relacionadas ao controle chinês da companhia. A ByteDance deve se desfazer dos ativos do TikTok nos EUA até janeiro de 2025, sob pena de enfrentar uma proibição nacional do aplicativo.
A situação da ByteDance é complexa: enquanto a empresa é lucrativa, suas operações no mercado americano têm apresentado prejuízos. A venda dos negócios do TikTok nos EUA pode resultar em uma joint venture com investidores norte-americanos, mantendo a ByteDance uma participação minoritária. O cenário atual reflete não apenas o potencial econômico da ByteDance, mas também os riscos políticos que cercam suas operações fora da China.