O presidente de El Salvador, Nayib Bukele, anunciou a implementação de um rigoroso código de vestimenta e corte de cabelo para estudantes, que inclui a proibição do moicano. A nova ministra da Educação, Karla Trigueros, que também é médica, supervisionou pessoalmente a entrada dos alunos nas escolas, enfatizando a necessidade de uniformidade e respeito. Os alunos que não obedecerem às novas diretrizes enfrentarão penalidades, como redução de notas e serviço comunitário.
As mudanças disciplinares foram formalizadas em um memorando enviado a diretores de colégios e têm gerado uma onda de reações entre os jovens, que lotaram barbearias para se adequar às novas exigências. A medida foi criticada por sindicatos de professores, que a consideram uma forma de militarização da educação e uma violação das liberdades individuais. Bukele defendeu a iniciativa como parte de uma transformação necessária no sistema educacional do país.
A imposição de regras tão rígidas levanta questões sobre o viés autoritário do governo Bukele, que já é conhecido por suas políticas controversas em relação à segurança pública e direitos humanos. O presidente se orgulha de seu estilo de liderança e se autodenomina ‘o ditador mais legal do mundo’, o que tem atraído tanto apoio quanto críticas. A proibição de cortes de cabelo populares entre os jovens pode ser vista como um reflexo da tentativa do governo de moldar comportamentos e valores na sociedade salvadorenha.