Os buffets de café da manhã em hotéis, frequentemente associados ao luxo e à abundância, estão sob escrutínio devido ao significativo desperdício de alimentos que geram. De acordo com o Relatório do Índice de Desperdício de Alimentos 2024 da ONU, 1,05 bilhão de toneladas de alimentos são desperdiçadas globalmente a cada ano, sendo 28% desse total oriundos de serviços de alimentação, como os buffets. Especialistas apontam que esses estabelecimentos produzem mais do que o dobro de desperdício em comparação com refeições servidas no prato.
Mudanças estão sendo implementadas por redes hoteleiras para reduzir esse desperdício. A Scandic Hotels, por exemplo, diminui o tamanho dos bolos e doces, enquanto a rede Ibis utiliza pratos menores para limitar excessos. Além disso, o Hilton Frankfurt oferece porções individuais para itens como iogurte e frutas, e o Novotel Bangkok Sukhumvit incentiva os hóspedes a pegarem apenas o que conseguem comer. Essas iniciativas visam não apenas reduzir o desperdício, mas também alinhar-se às crescentes preocupações dos consumidores com a sustentabilidade.
A evolução do conceito de luxo na hotelaria é um tema central nesse debate. Especialistas em comportamento do consumidor destacam que o estilo buffet pode levar ao consumo excessivo devido à variedade e à auto-serviço. Com uma crescente conscientização sobre questões ambientais, muitos viajantes preferem opções que minimizem o desperdício. Assim, ajustes estratégicos nos buffets podem não apenas melhorar a experiência do cliente, mas também contribuir para um futuro mais sustentável na indústria hoteleira.