Brinquedos de pelúcia com IA podem afetar desenvolvimento emocional infantil

Fernando Alcântara Mendonça
Tempo: 2 min.

Especialistas em pediatria levantam preocupações sobre os brinquedos de pelúcia equipados com inteligência artificial (IA), que são promovidos como companheiros livres de telas para crianças pequenas. Embora esses brinquedos, como Grem, Grok e Rudi, sejam projetados para interagir com os pequenos por meio de conversas, os especialistas alertam que essa interação pode substituir a conexão humana vital, essencial para o desenvolvimento emocional das crianças. A pesquisa indica que crianças de 3 a 6 anos podem confiar mais em robôs do que em humanos, o que pode comprometer a formação da empatia e do pensamento crítico.

Além disso, os brinquedos de IA levantam questões sérias sobre privacidade, uma vez que podem gravar conversas sem o consentimento dos pais. Os pediatras afirmam que a capacidade desses brinquedos de responder em tempo real pode estimular a curiosidade e o aprendizado de vocabulário, mas também pode eclipsar as interações humanas necessárias para o desenvolvimento emocional saudável. A dependência excessiva desses companheiros artificiais pode levar as crianças a perderem experiências humanas cruciais que moldam a confiança e a consciência social.

Os especialistas recomendam cautela ao considerar a introdução desses brinquedos em casa. Embora alguns pais vejam esses dispositivos como uma solução para responder perguntas incessantes e incentivar brincadeiras, é fundamental ponderar sobre os impactos a longo prazo na formação emocional das crianças. A tecnologia pode ser tentadora pela conveniência, mas o aprendizado mais significativo ocorre através do amor e das relações genuínas entre humanos.

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