O Banco de Brasília (BRB) anunciou a exclusão de aproximadamente R$ 33 bilhões em Certificados de Depósitos Bancários (CDBs) da operação de aquisição de 58,04% do Banco Master. O comunicado, divulgado em 22 de agosto de 2025, revela que os CDBs tinham um custo de captação próximo a 120% da taxa do CDI. A medida foi tomada após um processo de diligência prévia que identificou ativos e passivos problemáticos, totalizando cerca de R$ 51,2 bilhões em exclusões.
O BRB optou por não adquirir a parte problemática do Banco Master, buscando apenas ativos de melhor qualidade para evitar passivos que poderiam comprometer sua rentabilidade futura. Com as exclusões, o ativo inicial do Banco Master foi fixado em cerca de R$ 24 bilhões. O novo conglomerado prudencial resultante da fusão terá aproximadamente R$ 100 bilhões em ativos, com o BRB assumindo controle efetivo da instituição, mesmo sem deter a maioria das ações.
A operação ainda aguarda a aprovação do Banco Central, enquanto o Cade já deu anuência em junho. O governo do Distrito Federal sancionou um projeto de lei que autoriza a aquisição, e o BRB pagará 75% do patrimônio líquido consolidado do Banco Master. As projeções financeiras indicam que a aquisição pode acrescentar cerca de R$ 1,5 bilhão ao resultado do BRB nos próximos cinco anos, com um lucro líquido estimado de R$ 2,7 bilhões até 2029.