A Braskem, uma das principais empresas petroquímicas do Brasil, reafirmou nesta quinta-feira, durante conferência sobre os resultados do segundo trimestre, que seus ativos nos Estados Unidos são fundamentais para sua estratégia de transformação e melhoria de rentabilidade. O presidente-executivo da companhia, Roberto Ramos, destacou que a manutenção das plantas de polipropileno no país é essencial, pois abriga dois dos três principais laboratórios da empresa.
Ramos respondeu a questionamentos de analistas sobre reportagens que sugeriam a venda de ativos nos EUA devido a preocupações com a alavancagem financeira da Braskem e os vencimentos de dívidas em 2028. O executivo enfatizou que não há intenção de se desfazer dessas unidades, afirmando que "não sou fã de venda de ativos para amortizar dívida".
O diretor financeiro da Braskem, Felipe Jens, complementou que a empresa está focada em seu plano de transformação, que inclui a transição do consumo de nafta de petróleo para gás e a produção de químicos sustentáveis. Ele também mencionou a possibilidade de "eventuais monetizações totais ou parciais" dos ativos, sem entrar em detalhes.
A Braskem encerrou o segundo trimestre com uma alavancagem em dólares de 10,59 vezes e uma dívida bruta de aproximadamente US$ 8,5 bilhões. Apesar das preocupações com a dívida, Ramos afirmou que a solução está em aumentar o Ebitda e que a empresa estará em uma posição financeira mais forte até 2028.