Uma brasileira foi deportada de Portugal ao voltar de férias com sua família, sendo separada de seus filhos, de 8 e 6 anos, que ficaram com o pai, Hugo Silvestre, advogado com direito de residência no país. A deportação ocorreu no aeroporto Humberto Delgado, em Lisboa, onde a mulher foi detida sob a alegação de falta de autorização para viver em Portugal. A família reside em Cascais há mais de dois anos e Hugo já havia solicitado o reagrupamento familiar, que ainda está em tramitação.
O advogado relatou que a esposa entrou no país de forma legal e que as tentativas de regularizar a situação foram frustradas pela ineficiência do governo. A defesa da mulher foi apresentada pelas advogadas Tatiana Kazan e Rafaela Lobo, mas a resposta das autoridades foi tardia, resultando na deportação da brasileira para o Brasil sem passaporte. O caso destaca as dificuldades enfrentadas por imigrantes em Portugal, especialmente após a aprovação de um pacote anti-imigração que endureceu as regras de reagrupamento familiar.
A família agora busca meios legais para trazer a mulher de volta a Portugal e garantir que o processo de reagrupamento familiar seja aprovado. O Ministério das Relações Exteriores do Brasil acompanha o caso por meio do Consulado-Geral em Lisboa, oferecendo assistência consular. A deportação não apenas afeta a vida da família Silvestre, mas também levanta preocupações sobre as políticas migratórias em um contexto político em mudança em Portugal.