Nos últimos oito anos, o Brasil registrou um aumento significativo de 25% na quantidade de famílias que optam por pagar aluguel. Em contrapartida, a proporção de lares próprios apresentou uma queda de 8%, passando de 66,8% para 61,6%. Em 2016, havia 12,3 milhões de domicílios alugados, representando 18,4% do total; em 2024, esse percentual subiu para 23%, com 7,8 milhões de residências alugadas em um total de 77,3 milhões.
William Kratochwill, analista responsável pela pesquisa, destaca que o aumento no número de inquilinos reflete uma concentração de riqueza e as dificuldades enfrentadas na aquisição de imóveis. Apesar desse cenário desafiador, dados recentes indicam um crescimento na renda dos brasileiros, o que pode facilitar a compra de imóveis no futuro. Além disso, o IBGE observou uma tendência crescente na troca de casas por apartamentos, refletindo a busca por maior proximidade ao trabalho e serviços.
Em 2024, a população total do Brasil era de 211,9 milhões de habitantes, com 42% vivendo na Região Sudeste. São Paulo se destaca como o estado mais populoso, abrigando quase 46 milhões de pessoas. Esses dados revelam a complexidade do mercado imobiliário brasileiro e as diferentes situações habitacionais enfrentadas pela população, além de indicar mudanças nas preferências residenciais.