O Brasil se destaca no cenário cervejeiro global ao registrar mais de 55.000 marcas de cerveja, superando a União Europeia, conforme revelou o presidente do SindCerv, Márcio Maciel. Com 1.949 cervejarias espalhadas por 790 cidades, o país experimenta um crescimento exponencial desde o início dos anos 2000, quando havia apenas 40 fábricas. Esse aumento reflete a demanda por inovação e diversidade no setor, que hoje emprega milhões e oferece uma variedade de rótulos artesanais.
No entanto, o setor enfrenta desafios significativos, como a alta carga tributária que representa 56% do preço da cerveja e a concentração de mercado em apenas três grandes empresas, que dominam 96% da produção. Maciel alerta que a regulamentação da reforma tributária pode impactar negativamente as cervejarias, especialmente se um imposto seletivo for mal calibrado. Ele defende que o Brasil adote padrões internacionais na cobrança de tributos, considerando o teor alcoólico das bebidas.
As tendências globais, como o aumento do consumo de cervejas sem álcool e sem glúten, também estão ganhando espaço no mercado brasileiro, com um crescimento de 500% nas opções zero álcool nos últimos anos. Apesar da maturidade do mercado e da estabilização da produção em 2024, a inovação continua sendo crucial para o setor, que busca se adaptar às novas demandas dos consumidores e superar as barreiras impostas pela estrutura tributária.