O Brasil se destaca como protagonista na transição para uma economia de baixo carbono, com potencial para atrair investimentos privados e exportar soluções sustentáveis globalmente. Em entrevista ao programa VEJA+Verde, Luciana Antonini Ribeiro, presidente da eB Clima, detalha estratégias para alavancar fundos climáticos e ressalta a importância de políticas públicas robustas para consolidar o país como líder em bioeconomia e energias limpas. Ribeiro também menciona o desafio de agregar valor à exploração mineral no Brasil e a necessidade de 150 trilhões de dólares em investimentos nos próximos 30 anos para cumprir as metas do Acordo de Paris. Ela defende que o capital privado deve ser priorizado, mas que é essencial fazer a combinação com o capital público para escalar as soluções. No agronegócio, Ribeiro vê oportunidades no mercado de crédito de carbono e biocombustíveis, destacando que o Brasil é o segundo maior produtor mundial de biocombustíveis e possui uma matriz elétrica predominantemente limpa. Além disso, ela reforça a relevância da COP30, que ocorrerá em novembro em Belém (PA), afirmando que a proximidade com a floresta e a biodiversidade torna o debate mais prático. Para Ribeiro, os avanços regulatórios e as parcerias público-privadas são fundamentais para direcionar a economia rumo ao crescimento sustentável.