O Brasil foi retirado do Mapa da Fome, conforme o relatório "O Estado da Segurança Alimentar e Nutricional no Mundo 2025 (SOFI 2025)" divulgado em 28 de julho pelas Nações Unidas. O estudo, elaborado por cinco agências da ONU, aponta que a taxa de desnutrição no país caiu para menos de 2,5% da população, o que permite sua exclusão do Mapa da Fome da FAO.
O relatório, que abrange dados de 2022 a 2024, revela uma leve melhora na capacidade global de acesso a alimentos saudáveis, apesar do aumento nos preços. Embora o número de pessoas sem condições financeiras para uma alimentação saudável tenha diminuído de 2,76 bilhões em 2019 para 2,6 bilhões em 2024, a insegurança alimentar continua a ser uma preocupação, com milhões de brasileiros ainda enfrentando dificuldades para garantir uma dieta equilibrada.
A exclusão do Brasil do Mapa da Fome é vista como uma conquista, mas especialistas alertam que isso não significa o fim da fome no país. O Jornal Opção visitou comunidades vulneráveis em Goiânia, onde moradores relataram dificuldades para manter uma alimentação digna, com relatos de redução nas refeições diárias e altos preços de alimentos. A situação de famílias como a do aposentado Joel da Silva, que vive com limitações financeiras e de saúde, exemplifica os desafios persistentes enfrentados por muitos brasileiros.
O relatório da FAO considera a insegurança alimentar grave quando uma pessoa passa um dia ou mais sem se alimentar, enquanto a situação moderada é caracterizada pela má qualidade ou quantidade insuficiente dos alimentos. O aumento global dos preços dos alimentos em 2024 é um fator que agrava a situação, destacando a necessidade de políticas eficazes para garantir a segurança alimentar no Brasil.