O Brasil foi retirado do Mapa da Fome, um indicador da Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura, que aponta países com mais de 2,5% da população em situação de subalimentação grave. A decisão foi anunciada na última segunda-feira (28) e considera dados de 2022 a 2024. O ministro do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome, Wellington Dias, atribui essa melhoria à reformulação do Bolsa Família e aos avanços na educação.
Em entrevista à Agência Brasil, Dias destacou que a nova estrutura do Bolsa Família garante que os beneficiários não voltem a enfrentar a fome e a miséria. Ele explicou que, ao ingressar no programa, as famílias podem continuar recebendo o benefício mesmo após começarem a trabalhar, garantindo uma rede de segurança financeira. Além disso, o ministro ressaltou que, ao superarem a pobreza, as famílias ainda podem ter acesso a uma parte do benefício por um ano.
O ministro também enfatizou a importância da educação como um fator crucial para a saída da pobreza. Atualmente, cerca de um milhão e meio de beneficiários do Bolsa Família estão matriculados em cursos técnicos e superiores, o que, segundo ele, tem contribuído significativamente para a ascensão social e econômica dessas famílias.
Em uma iniciativa paralela, o Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social firmou um protocolo de intenções com a empresa Atento, visando a criação de oportunidades de emprego para pessoas inscritas no Cadastro Único (CadÚnico). Essa ação faz parte do programa Acredita no Primeiro Passo, que busca promover a inclusão socioeconômica de grupos vulneráveis, com foco em mulheres, jovens e comunidades tradicionais.