O governo do presidente Lula enviou na segunda-feira (18) um relatório aos Estados Unidos, rebatendo uma investigação sobre práticas comerciais que inclui o sistema de pagamentos Pix. A investigação foi iniciada após Donald Trump anunciar tarifas de 50% sobre produtos brasileiros, levantando questões sobre tarifas de importação, desmatamento e propriedade intelectual. O Brasil argumenta que suas políticas estão alinhadas com normas internacionais e que o Pix é uma infraestrutura pública que favorece a concorrência e inclusão financeira.
No relatório, o governo brasileiro aborda diversas reclamações dos EUA, como a suposta responsabilidade das plataformas digitais por conteúdos de usuários e a alegação de que o Brasil favorece outros países em detrimento dos americanos. O Brasil defende que suas leis estão em conformidade com padrões globais e que a maioria das exportações dos EUA entra no país com tarifa zero. Além disso, o governo brasileiro refuta as acusações de aplicação insuficiente das leis anticorrupção e destaca seus esforços para combater o desmatamento ilegal.
As implicações dessa investigação podem ser significativas, pois, caso os EUA concluam que o Brasil adota práticas anticompetitivas, poderão ser impostas novas barreiras comerciais. As negociações entre os dois países devem continuar em uma audiência pública programada para dezembro, onde os argumentos apresentados pelo Brasil serão fundamentais para evitar sanções comerciais. O processo pode levar até um ano para ser concluído, impactando as relações comerciais entre as nações.