O governo brasileiro entregou, em 18 de agosto, uma resposta oficial à investigação aberta pelo Escritório do Representante Comercial dos Estados Unidos (USTR), que alega que o Brasil prejudica empresas americanas com práticas comerciais desleais. O documento de 91 páginas, assinado pelo ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, nega qualquer discriminação contra empresas dos EUA e defende a neutralidade do sistema de pagamentos Pix, além de contestar a legitimidade da ação americana.
Na resposta, o Brasil argumenta que o Pix, criado pelo Banco Central, visa aumentar a segurança do sistema financeiro e não discrimina empresas estrangeiras. O governo também destaca que outras nações, como os Estados Unidos, estão desenvolvendo sistemas semelhantes, como o FedNow. Além disso, o documento menciona que decisões judiciais brasileiras não têm como objetivo prejudicar empresas americanas, mas sim regular a atuação das redes sociais no país.
As consequências dessa investigação podem ser significativas para as relações comerciais entre Brasil e Estados Unidos, especialmente considerando as tarifas elevadas já impostas por Trump. A possibilidade de novas retaliações comerciais pode impactar as exportações brasileiras e acirrar ainda mais as tensões diplomáticas entre os dois países, exigindo um diálogo construtivo para evitar um agravamento da situação.