O mercado de seguros cibernéticos no Brasil experimentou um crescimento impressionante de 880% nos últimos cinco anos, alcançando R$ 203,3 milhões em prêmios arrecadados em 2023. Esse avanço é reflexo da crescente digitalização e do aumento alarmante de crimes virtuais, com o Brasil se posicionando como o terceiro país mais afetado por ransomware globalmente. Dados da Confederação Nacional das Seguradoras (CNseg) indicam que, em 2024, a arrecadação já superou R$ 240 milhões, evidenciando a demanda crescente por proteção contra riscos cibernéticos.
A escalada dos ataques digitais tem gerado preocupações significativas entre as empresas brasileiras. Estimativas apontam que os prejuízos globais com crimes cibernéticos podem alcançar US$ 12 trilhões até 2026. No Brasil, seis em cada dez empresas relataram incidentes de bloqueio de dados em 2023, e somente no segundo trimestre de 2024 houve um aumento de 67% nos ataques. O seguro cibernético, que cobre danos financeiros e reputacionais decorrentes de incidentes digitais, se torna uma ferramenta essencial para a gestão de riscos nesse cenário.
Apesar do crescimento robusto do setor, desafios permanecem, especialmente em relação à conscientização sobre riscos cibernéticos entre pequenas e médias empresas. A legislação brasileira, como a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), também impulsiona a busca por apólices de seguro. Com projeções indicando que o mercado global de seguros cibernéticos pode atingir US$ 32,2 bilhões até 2030, o Brasil deve continuar acompanhando essa tendência, integrando o seguro cibernético como parte fundamental das estratégias de continuidade de negócios.